Um estudo publicado em fevereiro de 2020 chamado “The Psychological Impact of Quarentine and how to reduce it” (O impacto psicológico da quarentena e como reduzí-lo) feito por Brooks (via Sanarmed) reuniu diversas pesquisas realizadas em surtos anteriores para chegar a uma conclusão sobre o que acontece com a nossa mente em períodos de isolamento social, como estamos vivendo com o Covid-19.
A conclusão chegada é de que as pessoas em quarentena passam por cinco fatores principais de estresse:
- Duração da Quarentena;
- Medo de Infecção;
- Frustração e Tédio;
- Suprimentos Inadequados;
- Informações inadequadas.
O rompimento brusco da rotina, a redução do contato físico com outras pessoas e a impossibilidade de fazer atividades corriqueiras são associadas ao tédio e à frustração. Some isso à falta de condições básicas, como comida, água e medicamentos; a incerteza de quanto tempo vai durar aliado ao medo de se contaminar, acaba gerando grande ansiedade às pessoas, mesmo após um período de seis meses.
Além desses pontos, há também a insegurança relacionada às finanças, algo que se agrava em profissionais autônomos que, em muitos casos, ficam incapazes de trabalhar e precisam interromper às atividades, voltando a depender da família, podendo levar a conflitos e problemas com a autoestima.
O QUE FAZER EM PERÍODO DE QUARENTENA PARA AMENIZAR O SOFRIMENTO?
Nesse mesmo estudo, Brooks sugeriu algumas medidas simples que podem ajudar a diminuir o estresse do período, incluindo:
- Comunicação clara e efetiva com o máximo de informação possível. Sabendo dos riscos reais da doença que estão enfrentando e os motivos pelos quais você está em isolamento social, há uma diminuição no nível de ansiedade. Compreender a situação.
- Ter os suprimentos adequados, como materiais de higiene e alimentação em estoque. As necessidades básicas precisam ser supridas.
- Criar formas de diminuir o tédio e melhorar a comunicação, sendo que a tecnologia pode ser muito favorável neste momento. Jogar algum jogo eletrônico, assistir filmes ou séries e fazer videochamadas com amigos e familiares ajudam a reduzir o sofrimento e o sentimento de solidão.
- Pessoas que podem fazer atividades altruístas e que conseguem apoiar a coletividade de alguma forma têm impactos psicológicos mais positivos quando comparada às pessoas compulsivas.