A síndrome do pânico é um episódio de medo intenso que desencadeia reações físicas sem nenhum perigo real ou motivo aparente. A pessoa tem a sensação de que está perdendo o controle, pode ter um ataque cardíaco e fica com o sentimento que está morrendo, sendo uma das derivações mais comuns dos transtornos de ansiedade.
Há casos em que a pessoa têm raros episódios de pânico ao longo da vida, mas estes vão embora espontaneamente quando uma situação determinada é eliminada. No entanto, acaba se tornando um problema quando as crises são recorrentes e inesperadas, daí vindo a condição de síndrome do pânico. Mesmo não causando problemas como risco de morte, o pânico afeta diretamente a qualidade de vida do indivíduo e por isso precisa de tratamento. Os sintomas mais comuns são:
- Sentimento intenso de medo;
- Dificuldades com a respiração;
- Coração acelerado;
- Dor no peito;
- Asfixia ou sufocação;
- Tonturas;
- Sensação de desmaio;
- Tremores;
- Suor;
- Náuseas
- Dor de estômago;
- Parestesia (formigamento ou dormência nos dedos das mãos e dos pés);
- Calafrios;
- Medo de enlouquecer;
- Medo de morrer;
- Ondas de calor;
- Sensação de morte iminente.
Os ataques de pânico ocorrem de forma inesperada, às vezes até durante o sono. Estudos apontam que cerca de seis milhões de norte-americanos têm pelo menos um episódio de pânico ao longo de um ano, e estes se iniciam, majoritariamente, na fase adulta. As mulheres têm duas vezes mais chances de ter o transtorno que os homens.
Um estudo feito pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP concluiu que 10% da população pode sofrer crises sem motivos aparentes, e destas, 3,5% sofrem repetidamente.
O pânico pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar, e tem duração média de 5 a 10 minutos, mas dependendo da gravidade, pode durar horas. Caso não seja tratado, pode levar à agorafobia.
Assim como outros transtornos, a síndrome do pânico só pode ser diagnosticada por um profissional capacitado, seja um psicólogo ou um psiquiatra, e caso você tenha ou conheça alguém com os sintomas descritos acima, é necessário buscar ajuda. O tratamento com psicoterapia mostra resultados eficazes, mas em casos mais graves, o mais recomendado é um trabalho multidisciplinar onde o psiquiatra receitará um remédio para amenizar os sintomas, enquanto o psicólogo vai ajudar a reduzí-los ou até mesmo eliminá-los.