Suspeitas e preocupações diante de alguns episódios da vida são comuns, seja quando você perde a confiança em alguém por ele ter mentido, ou porque há um sentimento de que as coisas “estão estranhas”. No entanto, quando esse sentimento é exagerado e não há bases reais para a desconfiança, aí temos um caso típico de paranoia, onde a pessoa delira (convicção errônea baseada em falsas conclusões), e segue uma lógica interna própria. Dentro do delírio, o paranoico tem, na maioria dos casos, um dos três pontos: grandeza, perseguição ou ciúmes, muitas vezes mesclando os três, ou tendo um ou dois deles.
O principal sintoma de alguém com personalidade paranoica é o desenvolvimento delirante interpretativo e sistematizado. Isso significa que, mesmo diante de todas as provas que demonstrem o contrário do que ele acredita, devido ao alto grau de desconfiança, suspeição e hipersensibilidade, o paranoico acredita em sua lógica interna e não muda seu posicionamento pela própria natureza da condição. No longo prazo, acabam se afastando progressivamente do convívio social por achar que os outros podem prejudicá-lo.
Entre os sintomas mais comuns estão:
- Medo exagerado que algo ruim acontecerá;
- Desconfiança que o outro queira lhe prejudicar de alguma forma;
- Ciúmes excessivos;
- Temor que alguém queira roubar seu dinheiro;
- Medo de alguém causar um dano emocional;
- Amargura;
- Sentimentos de isolamento;
- Depressão.
Em relações amorosas, é comum que o paranoico busque controlar o(a) parceiro(a) das mais diversas formas, seja monitorando as redes sociais, as mensagens, e-mails e outros.
Não se sabe quais as causas da paranoia, porém estudos apontam que pode haver fatores genéticos; bioquímicos, já que o uso de drogas pode desencadear ou potencializar e pensamentos paranoicos; ou após eventos estressantes, como mudanças bruscas e inesperadas.
Com informações de ABCMED