O ciúme é um sentimento desagradável inato ao ser humano que pode atingir qualquer tipo de relação: amigos, pais ou relacionamentos amorosos. Ele é um “sinal de alerta” que nosso corpo emite quando nos sentimos ameaçados de perder determinado espaço, o que leva a sentimentos de insegurança, desproteção ou desvantagem.
Todos sentem ciúmes em maior ou menor grau, mas como praticamente tudo em psicologia, o problema é a dosagem. Um pouco de ciúmes funciona até como um instinto de proteção para você não perder aquele objeto ou pessoa que você ama, e caso bem canalizado e dominado, você também transmite a mensagem de que o outro é importante para você, o que pode fortalecer ainda mais o vínculo entre ambos.
No entanto, quando o ciúme é exagerado ele pode ser muito destrutivo, levando ao controle excessivo sobre o outro e chegando a um relacionamento abusivo. O ciúme gera o sentimento de controle, que pode levar à paranoia, que leva a ter mais ciúmes e o medo de perder fica cada vez maior. No fim das contas, a tendência é que a vítima do ciúme excessivo rompa o vínculo emocional com a pessoa, e o ciumento passa a ficar mais inseguro ainda e com mais baixa autoestima, piorando o seu quadro.
Um caso mais grave ainda é o patológico, quando o ciúme é causado por situações inexistentes. A própria pessoa delira e acredita que existe uma traição, mesmo sem nunca ter ocorrido. Isso leva a um ciclo de sabotagem no relacionamento.
Quando o ciúme começa a atrapalhar a vida da pessoa, é a hora de procurar um psicólogo para restaurar a autoestima e a segurança para que a pessoa tenha uma vida mais funcional e feliz. Trabalhar a autoconfiança ajuda a ter mais confiança nos relacionamentos, além de aprender a valorizar a si mesmo e não se comparar aos outros é um ótimo passo para tentar diminuir essa carga de ciúmes.