Disforia de Gênero é uma condição caracterizada pelo desconforto persistente com características do gênero atribuídos ao nascer. Basicamente, a pessoa é designada de um gênero a partir de seu sexo biológico, mas ela se sente como pertencente ao outro gênero.
Ainda há poucos estudos referente a disforia de gênero e transexualidade, mas alguns envolvendo a área da neurobiologia concluíram que pessoas transgêneras nascem com o sexo, porém o desenvolvimento cerebral vai na direção do outro sexo. Em 2018 foi publicado um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (USP) na Scientific Reports concluiu que o cérebro de mulheres cis e transgêneros possui uma área conhecida como ínsula em tamanho reduzido quando comparado aos homens cis.
Justamente pelo desconforto causado pela disforia de gênero, o Sistema Único de Saúde (SUS) cobre o tratamento hormonal, psicológico e cirúrgico para que a pessoa se sinta mais confortável com a sua identidade de gênero após um longo processo de diagnóstico. No entanto, é importante ressaltar que hoje em dia a Organização Mundial de Saúde não considera mais a disforia de gênero como uma patologia ou um transtorno, mas sim como uma questão de identidade e, por tanto, o mais adequado é falar sobre transgêneros.
As pessoas com disforia de gênero demonstram, desde a infância, alguns sinais, incluindo:
- Querer vestir roupas feitas para crianças do gênero oposto;
- Dizem que pertencem ao sexo oposto;
- Gostam mais de brincar com brinquedos e jogos associadas ao outro sexo;
- Mostram sentimentos negativos em relação aos seus órgãos genitais;
- Evitam brincadeiras de outras crianças do próprio sexo;
- Preferem ter companheiros de brincadeira do sexo oposto;
A psicoterapia é tão imprescindível quanto o tratamento hormonal e a cirurgia de redesignação para as pessoas saberem lidar com o sofrimento causado por estar em um corpo que não sente que é seu.