Em setembro, se evidencia a luta contra o suicídio com a campanha Setembro Amarelo e uma das principais causas da tentativa ou do pensamento suicida está relacionada com a depressão. Já abordamos no blog que a depressão é uma doença que afeta os neurotransmissores, sendo necessária uma intervenção psiquiátrica (com remédios) e de psicoterapia (com psicólogo) para resolver esse problema.
No entanto, a depressão é uma doença que muitas vezes se instala de modo gradual e é comum que a pessoa não perceba que está com a condição até que ela chegue em um nível crítico, crendo apenas que seus comportamentos e sentimentos são oriundos das circunstâncias que permeiam sua vida.
Além disso, a depressão se manifesta de diversas formas, e não apenas na tristeza como muitos pensam, já que a irritabilidade ou a apatia (não sentir nada) também estão relacionados a doença.
Segundo o canal Vittude, há 13 sintomas que devem ser experimentados a maior parte do dia, todos os dias, por pelo menos duas semanas. São eles:
- Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;
- Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo
- Irritabilidade
- Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo
- Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades
- Diminuição da energia ou fadiga
- Mover ou falar mais devagar
- Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado
- Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões
- Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais
- Apetite e / ou alterações de peso
- Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio
- Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento.
No entanto, é importante ressaltar que não é necessário que uma pessoa preencha os 13 sintomas para que ela seja diagnosticada com depressão e, caso ela apresente 3 ou mais sintomas, já é um fator de risco e um profissional capacitado deve ser procurado para um diagnóstico. Às vezes o próprio fato da pessoa estar desleixada com a aparência e desanimada o tempo inteiro também são sinais claros de alguém com depressão. Além disso, o canal Veja Saúde também alerta para os riscos.
- Histórico familiar
- Transtornos psiquiátricos correlatos
- Estresse crônico
- Ansiedade crônica
- Disfunções hormonais
- Excesso de peso
- Sedentarismo e dieta desregrada
- Vícios (cigarro, álcool e drogas)
- Uso excessivo de internet e redes sociais
- Traumas físicos
- Traumas psicológicos
- Problemas cardíacos
- Separação conjugal
- Enxaqueca crônica
É importante ressaltar que o meio ambiente, apesar de contribuir em muitos casos como dito na lista acima, não necessariamente está associado a depressão, já que ela é uma doença que afeta nosso cérebro, diminuindo neurotransmissores como serotonina e endorfina. É comum que muitos digam “a pessoa tem uma vida perfeita, como ela ficou com depressão?”, sendo que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ninguém pega uma pneumonia e as pessoas associam a uma “vida perfeita”. No entanto, há fatores externos que podem contribuir para que a doença desencadeie.
Apesar disso, uma vida saudável contribui para a prevenção da doença, incluindo a alimentação, atividades físicas, menos estresse no trabalho e uma vida social saudável. Caso a depressão já tenha se instalado, é importante que a pessoa busque ajuda e siga “a risca” as orientações do médico e/ou do psicólogo.
O paciente, o médico, a família, amigos e todo o meio social deverão estar juntos em uma jornada para que a pessoa saia dessa condição e volte a ter uma vida normal.