A validação emocional é uma habilidade importante para nos desenvolvermos e vivermos bem em sociedade, o que também nos ajuda a desenvolver consciência emocional, sendo que esta se torna um pilar para nosso bem-estar e contribui positivamente para nossa saúde mental.
Sendo fundamental na infância, a medida que nós crescemos também precisamos desta validação. Se uma pessoa está angustiada, é importante que você a escute e faça-a se sentir melhor em uma situação estressante.
Pesquisadores da Universidade de Örebro descobriram que a validação emocional melhora não só o próprio estado emocional da pessoa que tem seus sentimentos validados, quanto a qualidade dos relacionamentos.
Segundo o canal Psicologias do Brasil, a validação significa reconhecer, aceitar e ouvir as sensações e emoções de outra pessoa de modo sincero, mesmo que não concordemos ou aprovemos o que a pessoa está dizendo.
A invalidação se dá especialmente quando pessoas, que nós julgamos importantes, ignoram, minimizam, rejeitam ou subordinam o estado emocional positivo ou negativo. Frases comuns são:
- “Todo mundo passa por coisas assim…”
- “Agora estou ocupado”
- “Aham…to ouvindo…”
- “O que eu posso fazer?!”
- “Tirou 10 na prova? Não fez mais que sua obrigação!”
- “Engole o choro!”
- “Você está fazendo drama / exagerando / não é bem assim”
- “Isso é o que você está dizendo”
- “Isso é bobagem”
- “Não fique assim, tem gente pior”
Comentários do gênero transmitem a sensação de que o sujeito não tem o direito de ficar feliz ou triste dependendo das circunstâncias, já que a pessoa desvaloriza o que o outro sente. Além disso, também é comum que aquele que invalida não demonstre nenhuma reação emocional com aquela situação angustiante relatada.
A pessoa invalidante pode até “escutar” e responder alguma frase motivacional previamente decorada ou fazer algum comentário genérico, mas ela não processa as emoções referentes aquele acontecimento relatado, o que por consequência subestima a gravidade das circunstâncias e negligencia os sentimentos da pessoa angustiada, levando aquele que está vulnerável a se sentir pior ainda.
O comportamento invalidante também é comum de ser demonstrado em momentos posteriores, onde a pessoa contradiz o que ela disse ou demonstra que ignorou os sentimentos do outro com alguma frase ou um comportamento inadequado, como uma risada fora de hora.
Por mais que a pessoa invalidada não tenha o conhecimento, ela sente a invalidação pela ausência de expressão emocional, tom de voz incompatível com o acontecimento relatado, linguagem corporal etc.
Por outro lado, a validação emocional não só melhora as relações interpessoais, como a também melhoram a nossa autoestima, alivia tensões, provoca sentimento de acolhimento e compreensão. Nesse contexto, a psicóloga clínica Luísa Anzolin dá algumas recomendações perante o que a pessoa deve fazer para exercitar a validação emocional.
- Ouça atentamente o que o outro está lhe dizendo;
- Observe as possíveis emoções que embasam o que ele está falando;
- Ative sua empatia. Tente se colocar no lugar da pessoa, principalmente de forma emocional.
- Quando achar que é conveniente, você pode dizer: “isso é realmente algo muito difícil de sentir”, “eu no teu lugar sentiria o mesmo”, “eu nunca passei por isso, mas imagino o quanto deva ter sido difícil”.
“[Validar o outro] é mais simples do que a gente imagina, mas demanda esforço em escutar, dar importância, investir tempo e mostrar interesse. Por isso, te desafio a desenvolver essa habilidade e a potencializar suas relações para que você tenha conexões emocionais mais saudáveis e duradouras.”, finaliza Anzolin.